21 Abr 2021 | HRS

JAGUARIÚNA DE MÃOS DADAS PARA A RETOMADA DA ECONOMIA


Jaguariúna de mãos dadas para a retomada da economia

Comerciantes unem-se em ação para retomada econômica da cidade

Desde o início da pandemia o micro e pequeno empreendedor brasileiro se vê em uma situação cada vez mais dura.  Segundo pesquisas realizadas ao longo de 2020, nove em cada 10 microempreendedores admitiram ter perdido renda durante o período da pandemia. Esse cenário não é diferente em Jaguariúna e em toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC).

O setor tem sofrido com a redução no número de clientes que ocorre por diversos fatores como: menor fluxo de pessoas nas ruas e menor renda disponível para a população. Essa é uma das principais reclamações daqueles que buscam empreender.

Apesar de alguns profissionais terem conseguido se reinventar ao longo de todo este período de isolamento social, utilizando recursos como delivery, retirada drive-thru, home office e outras modalidades, a realidade é que mesmo estes compõem a grande massa de profissionais e empreendedores que viram seus rendimentos cair a partir do primeiro semestre de 2020. O duro golpe que foi infligido na economia nacional feriu duramente estes pequenos comerciantes que veem seus comércios serem fechados de forma corriqueira em decorrência do planejamento público.

A sequência de decretos publicados e que culminam no fechamento das atividades comerciais, como é vivenciado na região atualmente, causam uma enorme preocupação para estes que seguem pensando como farão para equilibrarem suas contas apesar de estarem com as portas fechadas. Os comerciantes de Jaguariúna, assim como comerciantes de todo o Estado, seguem com seus comércios reivindicam a reabertura seguindo todas as normas da saúde.

Por vivenciar diariamente a situação de inadimplência de diversos, Edilaine conta que surgiu a ideia de abrir total leque para todos os comerciantes de Jaguariúna, para que juntando as mãos, todos tenham a oportunidade de melhorar seus ganhos. Seu projeto, que não tem custo nenhum para o comerciante, visa sortear o cliente que compra no comércio local com um Iphone 12, na caixa, lacrado. Com esta ação, o comerciante ainda ganha R$1 mil creditada na sua conta jurídica.

“Mesmo aqueles que estão conseguindo utilizar da internet ou de outras ferramentas, ainda assim é positivo buscar compensar todas as dificuldades geradas pela pandemia e pelas ingerências do poder público”, incentiva Edilaine.

“Nós defendemos o direito de permanecer de portas abertas, assim como as grandes empresas e indústrias”, diz a criadora do projeto ‘Jaguariúna de mãos dadas’, Edilaine Alves, que é comerciante na cidade e proprietária da empresa  Eip Cred, que ajuda o cidadão a retomar a vida financeira e o lojista restabelecer seu caixa de inadimplente que juntamente a todos comerciantes credenciados que desde 2017 tem sorteios e serviços para o cidadão e objetivo repor caixa ao  credor.

A luta não para
“Nossa cidade tem aos poucos conseguido reabrir e temos tendo retorno positivo dentro dos pedidos feitos ao nosso presidente da Associação Comercial Industrial de Jaguariúna, João Rodrigues, ou em grupos de comerciantes e até mesmo pessoalmente ao prefeito Gustavo Reis”, acrescenta Edilaine.

Para o pequeno empresário que já vinha lutando com a crise financeira brasileira para manter seu negócio aberto antes mesmo do surgimento da pandemia do novo coronavírus, todas estas novas dificuldades que se somaram as já existentes fizeram com que muitos comerciantes tivessem de diminuir o tamanho de seus negócios. Muitos se viram obrigados a demitir funcionários para conseguir equilibrar as contas, enquanto aqueles que já atuavam sem profissionais passaram a questionar se fechar as portas seria a única opção que lhes resta em meio a todas as dificuldades que se avolumam ao longo dos últimos meses.  “E para aqueles que se veem totalmente impossibilitados de exercerem suas atividades ao longo deste período, a pandemia tem significado apenas um grande prejuízo o qual estes pequenos comerciantes não sabem como poderão reverter”.

Edilaine acredita que sem mudanças na realidade, o pequeno comerciante estará de mãos atadas diante do poder público. “Desse modo veremos uma verdadeira reconfiguração na paisagem urbana de nossas cidades. Um grande número de pontos comerciais disponíveis poderá surgir em breve, uma grande quantidade de profissionais deverá começar a buscar uma recolocação no mercado de trabalho se somando ao grande número de pessoas que já existem atualmente em busca de uma primeira oportunidade ou de uma recolocação profissional”, diz.

A empresária pede que ninguém passe a entender que a luta por direitos por parte de comerciantes e empreendedores existe de forma antagônica aos cuidados em relação ao novo coronavírus. “Todos desejam prevenir-se do vírus e lutar contra o crescimento no número de casos da Covid-19. Mas, o que o dono de um pequeno negócio pede quando levanta sua voz contra a situação atual é que ele possua os mesmos direitos dos donos de grandes empreendimentos”, afirma. Para ela, se há compreensão de que grandes negócios podem seguir em atividade desde que cumpram medidas sanitárias que foram estabelecidas pelo poder público, o que o pequeno comerciante precisa é gozar dos mesmos direitos.

“Com regras claras e simples de serem cumpridas que permitam que o pequeno comerciante retome suas atividades durante este período da pandemia, é possível garantir a continuidade da existência de uma série de negócios que se veem hoje correndo este grave risco de fechar. Para o pequeno empreendedor brasileiro esta é uma luta pelo direito de seguir existindo. Não está fácil para ninguém! Uns querem trabalhar, outros viver. Ambos são necessários colocando a dependência na prefeitura onde temos uma hierarquia. Aos poucos vamos retomar e isso precisa ocorrer de mãos dadas. O dinheiro troca de mãos. Hoje com a pandemia consumidor compra de casa, pois não saí para as ruas. Nosso objetivo é: unidos sermos vistos e com a liberação fase a fase retomarmos a economia completa”, finaliza Edilaine.

Fonte: Gazeta Regional

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